Ontem fiquei surpreso,ao ler a carta do Venancio sobre sua ida para o México,o teor da carta me deixou emocionado e sem pieguice um pouco melancólico.
Entramos no mesmo período ao CSOL,desde então conversávamos sempre pro MSN trocando idéias sobre a militância,ME e as dificuldades no cotidiano,durante um bom periodo conversando a qual tive a oportunidade de conhece-lo na Bienal da UNE de 2007,no RJ a qual ocorreram vários fatos desagradáveis causado pela minha infantilidade.
Pós-bienal fui pra Londrina para uma mesa de debates na semana do Movimento Estudantil,a qual fui falar sobre o Passe-livre,não raro pedi desculpas e um dia antes d'eu ir embora o convenci a não sair Coletivo,desde o ano passado ele nutria a vontade de ir para o México.
Acho que é possível se extrair vários ensinamentos da carta a importância do desapego,e da transformação da vida ou como Cecília Meireles dizia:
"A vida só é possível reinventada."
Quando ele veio a SP na ultima vez que o vi,em abril/maio desse ano,ele falou que iria para o México logo afirmei com veemência que era loucura,repetindo um pensamento normalista quem somos nos para deter o desejo de alguém? sob argumentos que achamos coerentes,pela 2ª Weslei estava certo.
Para um Revolucionario o mundo não tem fronteiras,e se Venâncio quer vivenciar as lutas da terra de Rivera e Frida,como parte de um novo ciclo de vida
A passagem abaixo da carta de despedida dele,me fez refletir muitas coisas:
"Espero que os camaradas entendam a decisão da ir-me para outro país, evitei negar este mundo, conhecer outro enriquecerá minha luta. A vida é uma constante transformação, a amizade, os amores são uma ilusão necessária, a apreensão da sua transitoriedade nos relega sua eternidade, tentar tornar-lá propriedade estável a empobrece, outra lição que os compas me deixaram, tentar modelar o mundo é esvazia-lo de sentido, a lógica do viver para morrer é a máxima que pensa nossa vida como caixinhas com uma lógica linear, morrer para viver é entender que o tempo destrói tudo, e constrói novos mundos, acaba com tristezas, sem nunca anular as contradições, a possibilidade de criar um mundo comunista vem desta lógica. "
Acho que é só,talvez isso sirva de lição a aparelhistas,donos da verdade,que se acham acima do
bem e do mal,infelizmente o mundo é cruel,somado as pessoas potencializam a barbárie.
ontem antes de ir para Igreja refletindo que esse episódio seja fim de um ciclo da minha militância marcada pelo idealismo e até romantismo ao não enxergar distorções e atrofiações.
Saudações Reflexivas e tristes
Jefferson Henrique
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